Por Jackson Chirollo
Recentemente, a energia solar fotovoltaica se tornou a segunda maior fonte de energia da matriz elétrica brasileira, superando a energia eólica, com 27 GW de potência instalada e GD representando 68%.
Se por um lado a potência acumulada é gigante, o Brasil ainda pode muito mais. Num país de proporções continentais, ter apenas 2,2% das UCs participando da transição energética ainda é muito pouco.
Tenho muito orgulho de atuar há mais de 14 anos no segmento, tendo contribuído com mais de 2 GW em projetos realizados, colaborando ativamente com sua evolução e acompanhando de perto o crescimento do mercado de geração de energia limpa no Brasil junto aos principais empreendedores do setor.
E isso me permitiu visualizar as oportunidades, que eu irei compartilhar com vocês agora.
Acompanhe este artigo comigo e descubra:
O que a energia solar significa para o mercado?
Quais as oportunidades, desafios e benefícios desse setor?
Siga com a leitura e descubra a proporção da energia solar fotovoltaica no país.
Energia solar como segunda maior fonte energética
Em janeiro deste ano, a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar) anunciou um crescimento significativo da energia solar fotovoltaica no país, que a fez ultrapassar a fonte de energia eólica na matriz brasileira e agora ocupar o segundo lugar.
Foi um crescimento de mais de 83%, desde julho do ano passado. Mantendo uma estabilidade de expansão de 1 GW por mês.
Além disso, se compararmos os meses de fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, o salto de energia solar foi de 14,2 GW para 27 GW, atualmente.
É inegável que o setor se mantém aquecido apesar das instabilidades políticas e econômicas ocorrendo em todo o globo.
Estamos vivendo um momento chave no mundo. Além da crise financeira na economia e maior volatilidade do mercado global – agravada pela pandemia e polarizações ideológicas – a guerra na Ucrânia, e as medidas para o combate ao aquecimento global fazem com que os mercados de energia no mundo se sintam intimidados.
Contudo, toda ameaça traz consigo uma OPORTUNIDADE.
Sabemos que o mercado de energia por fontes poluentes traz mais lucro, mas é inegável que a geração de energia limpa e descentralizada é o futuro do setor elétrico.
O grande desafio do momento é saber como equilibrar lucros e investimentos em fontes verdes para acelerar a disrupção energética que vai trazer retornos financeiros e ambientais gigantescos a longo prazo, uma tendência irreversível.
Como então empreender nesse setor diante de um cenário assim? Vale a pena?
Quais as oportunidades para o setor?
Foi uma longa jornada até aqui, com 14 anos de experiência nesse segmento, acompanhando a evolução da energia solar fotovoltaica no mundo, pude visualizar oportunidades únicas para inovar nesse setor tradicional e monopolizado.
Polarizar e centralizar a matriz energética em apenas uma fonte já não é mais econômica, ambiental e estruturalmente viável. Por isso, a busca por uma descentralização é constante e necessária, a fim de haver disrupção no setor de energia e democratizar algo que deveria e é para ser de todos.
Oportunidades
Uma fonte limpa e renovável, altamente versátil. E ainda pode ser utilizada em diversos contextos, desde grandes projetos industriais até pequenas instalações em residências, essa é a energia solar.
Compartilho com você, leitor, a fim de que consiga visualizar as possibilidades desse setor, algumas oportunidades que tive ao longo desses anos.
Dentre elas, que pude atuar e viabilizar o primeiro modelo de negócios em escala do segmento, com a industrialização, montagem e comercialização dos Kits Solares Fotovoltaicos que representaram mais do que uma inovação em um segmento tradicional e restrito aos grandes monopólios, mudando o jogo há muito estabelecido.
Além disso, com os kits e a resolução da ANEEL permitindo a geração própria e distribuída, novos empreendedores e empresas puderam oferecer soluções para que os Prosumidores pudessem gerar sua própria energia limpa e compartilhar o excedente com a rede de distribuição local permitindo também outros consumidores acessarem a energia solar de forma compartilhada e sem investimento.
Isso é sustentabilidade na prática.
Desafios
É claro que nem tudo é perfeito.
E embora estejamos engajados e ativos na missão de descarbonização e descentralização energética do país, alguns desafios sempre surgem.
Ainda existe um grande mercado cativo no Brasil, ou seja, que não possuem a liberdade energética de escolher o seu próprio fornecedor.
E esse mercado cativo é onde está a grande massa, onde foi permitido um empoderamento, de comprar e investir em placas de energia solar fotovoltaica e gerar sua própria energia, mas não essa liberdade de escolha no fornecimento.
Mas a tendência é que ao longo da próxima década, aconteça exatamente o que houve no mercado de telecomunicações, uma abertura desse mercado.
Com o empoderamento e a liberdade juntos no futuro, podendo gerar, armazenar e vender a própria energia, chegamos à chamada disrupção energética.
Conclusão
Já passou do momento de uma transição energética realmente eficaz, que equilibre o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental, garantindo a segurança e acesso à energia limpa para todos, meu principal objetivo profissional – e, por que não, pessoal? – desde 2008.
Para causar uma ruptura definitiva no setor, todas as empresas do segmento precisam evoluir juntas. As fontes poluentes estão perdendo espaço para as fontes verdes e em 2023 teremos muito trabalho pela frente.
Por meio da Edmond e outras iniciativas, sigo comprometido em entregar soluções inovadoras e confiáveis para o setor de energia solar, contribuindo para a descarbonização e descentralização do setor elétrico.
Estou preparado para colaborar com a grande mudança de paradigma no setor, e você?